Chacina da Sapiranga: réus vão a júri popular por crime que deixou seis mortos, em Fortaleza
03/09/2024
(Foto: Reprodução) Seis pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas na chacina que aconteceu no dia 25 de dezembro de 2021. A data para o julgamento ainda será definida pela Justiça. 22 estão sendo acusados. Chacina deixa seis mortos e pessoas feridas na periferia de Fortaleza
Arnaldo Araújo/TV Verdes Mares
22 réus envolvidos na Chacina da Sapiranga, que aconteceu em Fortaleza no dia 25 de dezembro de 2021, vão a júri popular com data que ainda será definida. Seis pessoas foram mortas e cinco foram atingidas pelos tiros no dia do crime. Ao todo, são 23 acusados, mas um deles teve o processo suspenso e, por isso, não irá a júri.
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A decisão é da 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza, que acatou pedido do Ministério Público do Estado do Ceará, e pronunciou, na manhã desta terça-feira (3) os acusados.
Os réus foram denunciados pelo MP do Ceará por seis homicídios e cinco tentativas de homicídio, com as qualificadoras de motivo torpe, perigo comum, recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, organização criminosa e corrupção de menores.
Após chacina, policiais reforçaram a segurança no Bairro Sapiranga
Fabiane de Paula/Sistema Verdes Mares
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➡️ Irão a júri popular os réus:
André Soares Júnior
Alessandro Vieira da Silva
Antônio Gabriel Sousa da Silva
Charles Dantas Oliveira
Eduardo José do Nascimento
Francisco Wellington Bezerra da Silva Filho
Gabriel Sousa Freitas
Israel Silva Ferreira (foragido)
Jeandson Nunes Bento dos Santos (foragido)
João Ricardo Sousa da Silva
João Victor Aguiar de Sousa
José Ivan Alves da Silva Filho
Kaique de Sousa Domingos
Mateus Aguiar de Sousa
Mateus Acelino da Silva
Miguel Sousa da Silva
Nilson Lima Nogueira Filho
Raí Cesar Silva Araújo
Thiago Farias de Lima
Tiago Pereira Mendes
Vinicius Rian Inácio da Silva (foragido)
Yuri Marques Bento (foragido)
Carro ficou com marcas de vários tiros durante chacina em Fortaleza
Fabiane de Paula/Sistema Verdes Mares
A Justiça determinou, também a pedido do MP, a manutenção da prisão preventiva dos 19 réus que se encontram presos. Ainda conforme o MP, um dos acusados teve o processo suspenso, mas não deixa de ser réu.
"Sobre Kevem Tyago Costa Pompeu, embora denunciado e considerado réu, o processo em relação a ele está suspenso, assim como também está suspenso o curso do prazo prescricional. Isso porque Kevem Tyago Costa Pompeu não foi localizado para citação pessoal e, após ser citado por edital, não compareceu nem constituiu advogado, conforme dispõe o artigo 366 do Código de Processo Penal (CPP). Quando o réu for localizado e preso, uma vez que a Justiça decretou sua prisão preventiva, o processo seguirá em desfavor dele. Mesmo sem ser citado pessoalmente ou por edital, Kevem Tyago Costa Pompeu continua como réu, já que a denúncia contra ele foi recebida pelo Poder Judiciário. Há, portanto, 23 réus referentes ao caso, sendo que 22 foram pronunciados.", disse o MP em nota atualizada sobre o caso.
Permanecem em aberto as ordens de prisão contra Israel Ferreira, Jeandson dos Santos, Vinícius da Silva e Yuri Bento, foragidos desde o dia do crime.
"A decisão do Poder Judiciário, que acolheu integralmente todos os pedidos do MP do Ceará na fase de instrução criminal, no curso da qual foram realizadas 16 audiências, reafirma o compromisso assumido pelo Ministério Público de combater as organizações criminosas, com promoção da justiça, atuando na repressão das beligerantes e deletérias condutas perpetradas neste caso”, destacou o promotor de Justiça Marcus Renan Palácio de Morais Claro dos Santos, titular da 108ª Promotoria de Justiça de Fortaleza e responsável por esse processo.
Relembre o caso
Um dos assassinatos de chacina em Fortaleza ocorreu em campo de futebol
Arnaldo Araújo/TV Verdes Mares
A chacina ocorreu na madrugada do dia 25 de dezembro de 2021, em uma festa de Natal, no bairro Sapiranga, em Fortaleza. Seis pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas.
Ainda de acordo com o MP, o crime ocorreu após duas lideranças de uma facção que atuava na comunidade da Fronteira, Raí César Silva Araújo e João Ricardo Sousa da Silva, migrarem para outro grupo criminoso.
Os dois uniram-se aos outros 20 réus para executar todos aqueles que decidiram permanecer na facção anteriormente comandada por Raí e João Ricardo. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público em 20 de janeiro de 2022.
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